John Piper - Nós nascemos no pecado

domingo, 27 de junho de 2010

início e o fim... Por Cristo, com Cristo e em Cristo - A Justiça de Deus

Texto de referência João 2 .1 a 12

(João 2:1) - E, AO terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galiléia; e estava ali a mãe de Jesus.

(João 2:2) - E foi também convidado Jesus e os seus discípulos para as bodas.

(João 2:3) - E, faltando vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho.

(João 2:4) - Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.

(João 2:5) - Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser.

(João 2:6) - E estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em cada uma cabiam dois ou três almudes.

(João 2:7) - Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima.

(João 2:8) - E disse-lhes: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E levaram.

(João 2:9) - E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo,

(João 2:10) - E disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho.

(João 2:11) - Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele.

(João 2:12) - Depois disto desceu a Cafarnaum, ele, e sua mãe, e seus irmãos, e seus discípulos; e ficaram ali não muitos dias.

Este é um texto desafiador onde as ações de Jesus, assim como sua postura, revelam algo maior do que de fato acontece se analisarmos esta passagem de forma isolada

.

Todo o contexto e vida de Jesus, assim como toda a ação de Deus desde o princípio é moldada por uma linha contínua de justiça, ou seja, toda análise e compreensão sobre os termos e ação do Senhor estão forjadas em um princípio de ação-reação, erro-acerto, falha-ajuste, então se olharmos por esta ótica, poderemos ver neste texto algo surpreendente e além de tudo uma ação complexa que anuncia a salvação de seus escolhidos.

Alguns versículos que demonstram essa ação;

(Deuteronômio 6:24) - E o SENHOR nos ordenou que cumpríssemos todos estes estatutos, que temêssemos ao SENHOR nosso Deus, para o nosso perpétuo bem, para nos guardar em vida, como no dia de hoje.

(Deuteronômio 6:25) - E será para nós justiça, quando tivermos cuidado de cumprir todos estes mandamentos perante o SENHOR nosso Deus, como nos tem ordenado.

(Deuteronômio 16:20) - A justiça, somente a justiça seguirás; para que vivas, e possuas em herança a terra que te dará o SENHOR teu Deus.

Ex. (Mateus 5:10) - Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;

(Lucas 18:7) - E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?

(Lucas 18:8) - Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?

(Romanos 5:21) - Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor.

Quando analisamos o plano de Deus por esta ótica, começamos a perceber que as coisas de Deus são entendíveis, no entanto, extremamente complexas e detalhadas na sua execução, isto é, a lei que vigora é a Justiça!!!

*Definição de Justiça: 1 Prática e exercício do que é de direito - 2 Retidão.

Em análise ao texto (2:1) vemos de forma direta uma referência ao "terceiro dia", no entanto, é possível verificar que o livro de João desde seu início, posiciona este dia como o sétimo (07) dia de sua narração, pois esteve junto aos seu discípulos por cerca de três dias e após a isso foram convidados para uma festa de casamento (bodas / Nupcias na cidade/aldeia de Caná).

Assim João nos possibilita uma visão ampla, não focada no texto, mas sim no contexto, veja:

(João 1:19) - E este é o testemunho de João, quando os judeus mandaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu? (dia 1)

(João 1:29) - No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. (dia 2)

(João 1:35) - No dia seguinte João estava outra vez ali, e dois dos seus discípulos; (João 1:36) - E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus. (dia 3)

(João 1:38) - E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, disse-lhes: Que buscais? E eles disseram: Rabi (que, traduzido, quer dizer Mestre), onde moras? (João 1:39) - Ele lhes disse: Vinde, e vede. Foram, e viram onde morava, e ficaram com ele aquele dia; e era já quase a hora décima. (dia 4 + 3 = 7)

*Estes "07 dias" são extremamente importantes para a caracterização de Jesus como o Deus vivo, pois ele posiciona 07 dias de seu ministério de forma a revelar um novo início, como de fato foi no princípio, um processo de 07 dias onde Deus manifestou sua Glória, com a mobilização e criação a partir das águas;

Apêndice

(Gênesis 1:1) - NO princípio criou Deus os céus e a terra.

(Gênesis 1:2) - E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.

(Gênesis 1:6) - E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.

(Gênesis 1:20) - E disse Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus.

(Gênesis 1:21) - E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.

*Agora, em 07 dias o filho manifesta a mesmo poder, o controle sobre a água de forma a modificar a sua forma, no entanto as transformando em vinho, com um grande detalhe, que estes e todos os seus outros sinais que viriam são recheados de amor, pois como consequencia visa favorecer o homem em suas necessidades no mundo, não com simples sinais sem sentido, mas sim demonstrando o amor de Deus por sua criação, amparado e dentro de sua justiça.

(João 2:7) - Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima.

(João 2:8) - E disse-lhes: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E levaram.

(João 2:9) - E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo,

***O controle de Deus sobre as águas mostra a extrema soberania de Deus, pois basicamente somos seres criados com base em água (70% do corpo humano) assim como onde habitamos, aproximadamente 70% da extensão do planeta, essa concordância expressa a Soberania do Criador de forma a demonstrar seu poder sobre a base da criação da vida.

- Vamos agora enfatizar passo a passo o contexto de sua manifestação, sete dias em quatro etapas. Então temos;

1 - A apresentação da verdade através da caraterização do verbo, revela o "Uno";

(João 1:1) - NO princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

(João 1:2) - Ele estava no princípio com Deus.

(João 1:3) - Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.

2 - A proclamação da sua chegada (Espírito de Deus) através da palavra e o Batismo das Aguas;

*Não o re-nascimento humano, pois este por justiça não precisaria morrer e renascer das águas como nós pecadores, uma vez que não era um pecador. O batismo só possibilitou que ele enquanto homem sem pecado, a partir daí começasse a realizar seu ministério de poder e pudesse subir aos céus pela ressureição dos mortos. Vejamos:

(Marcos 1:4) - Apareceu João batizando no deserto, e pregando o batismo de arrependimento, para remissão dos pecados.

(Lucas 3:3) - E percorreu toda a terra ao redor do Jordão, pregando o batismo de arrependimento, para o perdão dos pecados;

Então, vejamos a analogia de Paulo:

(Romanos 6:4) - De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.

Segundo Paulo, o batismo de Jesus foi nitidamente uma preparação para que por justiça ele pudesse ressurgir dos mortos de forma justa e principalmente possibilitar que através de sua ressurreição, ainda por justiça, pudéssemos ser ressucitados.

3 - A escolha de seus discípulos representava nitidamente a "constituição de novos homens" forjados "agora", definitivamente a imagem de Jesus, por conseguinte, a imagem de Deus. Vejamos que os versículos aonde Jesus orienta aquilo que os apóstolos deveriam buscar e executar retratam de forma exata aquilo que o próprio Cristo executou em seu ministério, vejamos:

(Mateus 10:1) - E, CHAMANDO os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal.

(Mateus 10:5) - Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos;

(Mateus 10:7) - E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus.

(Mateus 10:8) - Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.

(Mateus 10:9) - Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos,

(Mateus 10:10) - Nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem alparcas, nem bordão; porque digno é o operário do seu alimento.

(Mateus 10:18) - E sereis até conduzidos à presença dos governadores, e dos reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho a eles, e aos gentios.

(Mateus 10:19) - Mas, quando vos entregarem, não vos dê cuidado como, ou o que haveis de falar, porque naquela mesma hora vos será ministrado o que haveis de dizer.

(Mateus 10:20) - Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós.

A sequência de versículos dispensa comentários, nítidamente Jesus propõe aos discípulos uma modificação de suas naturezas e constitui novos homens, forjados exatamente a sua imagem e semelhança, reproduzindo o seu ministério nos primórdios da igreja, onde essa imagem hoje é proposta diretamente a nós.

4 - O alcance do Reino dos Céus através de Jesus, como a única saída (Importante - João 2:11) e a proposta de um reino melhor, da mesma forma que o melhor vinho veio depois que todos estavam embreagados, um novo Reino é proposto de forma incomparável com a vida e o mundo em que vivemos.

A consciliação através de sua vinda e o cumprimento da Profecia de Jeová em Genesis 3:14-16 e Isaías 46:9/10, o caminho de volta para a árvore da vida, Jesus!!! Vejamos;

(João 2:10) - E disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho

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(João 1:17) - Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.

(Romanos 5:11) - E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação.

(Romanos 5:17) - Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo.

(II Corintios 5:18) - E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação;

> Estas quatro etapas promovem uma analogia paralela com a própria criação, reproduzida agora quando cristo propõem a "re-criação".

Outro ponto muito interessante é que observando os detalhes do evento (bodas), vejamos que o foco é dado diretamente ao apelo de Maria sobre a necessidade de cobrir as faltas do casamento, neste caso o vinho. Muitas linhas de estudo partem para a discução do que seria viável, se Jesus teria ou não multiplicado o vinho fermentado (alcólico), bla bla bla...

>>>> Não é este legalismo que João propõe explorar em seu texto e sim o propósito de seus sinais e postura frente ao apelo da mãe.

A atitude de Maria mostra nitidamente três aspectos;

> Intimidade com sua natureza;

> Conhecimento de seu poder e capacidade;

> Falta de comunhão com seu propósito;

Podemos observar que a manifestação dos sinais junto as multidões teria de ocorrer em um tempo exato, justo, de forma que fossem direcionados com propósito de salvação e redenção dos pecados. Alguns exemplos;

(Marcos 1:41) - E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo. (Marcos 1:44) - E disse-lhe: Olha, não digas nada a ninguém; porém vai, mostra-te ao sacerdote, e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.

(Mateus 9:29) - Tocou então os olhos deles, dizendo: Seja-vos feito segundo a vossa fé. (Mateus 9:30) - E os olhos se lhes abriram. E Jesus ameaçou-os, dizendo: Olhai que ninguém o saiba.

>>>> Um paralelo é que Jesus havia sido tentado a manifestar sua glória por satanás, e também foi repreendido;

(Mateus 4:3) - E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.

(Mateus 4:4) - Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.

Da mesma forma veio a Mãe;

(João 2:3) - E, faltando vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho.

(João 2:4) - Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.

No entanto, Jesus se mostra concordante com a demonstração de seu poder, mais não com o sentido de anúncio direto as multidões, pois isso ainda deveria ser oculto, e sim com a demonstração de poder e glória junto aos discípulos (2:11), para que pudessem crer nele, ou seja, a manifestação do sinal somente rendeu conhecimento com propóstio direcionado, ou seja, aumentar o vínculo junto aos seu discípulos e possibilitar sua confiança, não restando dúvida sobre sua autoridade e de quem ele era, o próprio Deus.

(João 2:11) - Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele.

> Sua autoridade sobre as águas além de demonstrada na criação (Genesis), também foi demonstrada através de Moisés, com um sinal de mesmo propósito;

(Êxodo 7:17) - Assim diz o SENHOR: Nisto saberás que eu sou o SENHOR: Eis que eu com esta vara, que tenho em minha mão, ferirei as águas que estão no rio, e tornar-se-ão em sangue.

>>>>Esta era uma forma direta de demonstrar que tal sinal somente poderia vir do próprio Deus!!!!!!

Esta transformação identifica Jesus como o próprio Deus, pois através de seus sinais possibilita uma analogia direta com as escrituras de forma que aqueles que escolheu pudessem desde já observar o real sentido de sua vinda, assim como seu destino, de forma que pudessem passo a passo semrem transformados sobre a graça de Deus.

Enfim, em sete dias (7), a manifestação do verbo, o renascimento através das águas, os homens que haveriam de ser feitos a sua imagem e semelhança, isto é o que o evangelho João propõem em seu início, de forma que haja um só entendimento.

Jesus Cristo é o Senhor, hoje e sempre!!!!

Amém.

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